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GESTOS MONSTRUOSOS E LEMBRANÇAS DA DOR EM MAUS, DE ART SPIEGELMAN

 

Thallita Mayra Soares Fernandes

 

As narrativas escritas por meio da dor e do trauma acessam memórias subterrâneas, as quais criam espaços de contradição em relação àquelas autenticadas pela História oficial. Tais processos evocam testemunhos sobre situações nas quais a experiência individual importa tanto quanto aquela criada por meio das perspectivas hegemônicas e homogeneizantes. Maus, graphic novel produzida por Art Spiegelman, insere-se neste universo e questiona o passado, a outridade, os desdobramentos da rememoração e da necessidade de interrogar tempos de crise outros, a fim de buscar alternativas em prol dos corpos que mesmo invisíveis, ainda resistem às violências físicas e epistêmicas e que certamente importam.

 

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