ARTIGOS

MANOEL DE BARROS E A METAPOESIA

Profª Drª Nery Nice Biancalana Reiner



A matéria prima da poesia de Manoel de Barros tem seus limites no chão do Pantanal Matogrossense, um mundo primitivo prenhe de riqueza visual, tátil, olfativa, permeado pelo humor, pela busca do ínfimo, do pequeno. Nesse trabalho, porém, o objetivo é a Metapoesia, sua preocupação com o próprio fazer poético. Na obra de Barros há forte incidência de poemas metalinguísticos nos quais a mensagem está centrada no código, indicando a Função Metalinguística, Chalub, 1986. Neste trabalho, será apresentado um estudo comparativo entre três poemas de Manoel de Barros: “No Tratado das Grandezas do Ínfimo” da obra O livro das ignorãças, 1994, “Nascimento da palavra” da obra Gramática expositiva do chão, 1990 e “Eu sou o medo da lucidez” da obra O guardador de águas, 1989, buscando-se pelos elementos da natureza e avaliando sua importância na constituição de fazer poético do autor.

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