ARTIGOS
Prof. Dr. Sérgio Vicente Motta
O objetivo deste texto é estabelecer relações entre a literatura e a pintura, por meio da comparação entre um poema de Oswald de Andrade (“Longo da linha”) e uma tela de Tarsila do Amaral (“Palmeiras”), ambos pertencentes à fase “Pau-Brasil” do movimento modernista brasileiro. Para destacar também o passo dado pelos dois artistas, no Modernismo, em relação ao academicismo anterior, será utilizada a teoria semiótica de C. S. Peirce como embasamento analítico para demonstrar, na tela de Tarsila, um percurso rumo à planaridade e à estilização para produzir efeitos de primeiridade, mais próximos da forma e da aventura dos sentidos do que da simbolização, enquanto em Oswald este mesmo percurso conduz à presença da visualização como fator de composição.