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LARS VON TRIER E MELANCOLIA: INTERRELAÇÕES ENTRE IMAGEM E MÚSICA, FANTÁSTICO E ONÍRICO

 

Marcos Júlio Sergl

 

 

Este artigo analisa a abertura de Melancolia, filme do diretor dinamarquês Lars Von Trier, lançado no 64º Festival Internacional de Cannes, em setembro de 2011, que traça de maneira poética e sentimental o fim do planeta Terra, ocasionado por sua colisão com o planeta imaginário Melancolia. A abertura do filme, com sete minutos e cinquenta segundos, em uma sequência que traz os momentos fundamentais do filme, uma espécie de resumo do mesmo em dezesseis cenas, consiste, basicamente, em imagens oníricas em slow motion, com o apoio da música de Richard Wagner. Melancolia, um planeta do tamanho de Saturno, e a Terra estão em rota de colisão em uma deprimida e esteticamente ousada introdução à história da arte.