Apresentação

 

Olá, amigos!

 

Mais uma vez estamos aqui para oferecer aquilo que há melhor em relação à área de pesquisa de cunho interdisciplinar, em que se imiscuem várias perspectivas de nosso multifacetado mundo: literatura, imagem, semiótica, comunicação, jornalismo, história...

Assim, as professoras Alzira Lobo de Arruda Campos e Maria Helena Scalabrin Cardoso Gomes, a partir de registros dos prontuários da polícia política de Vargas, destacam a questão do papel feminino nas "escolas para meninas" em plena ditadura; de modo especial, a partir das professoras que contrariavam as expectativas nelas depositadas pelo regime e que ingressavam nas fileiras revolucionárias. As pesquisadoras acabam nos dando acesso àquela identidade feminina, sob o viés de sua dupla infração: serem subversivas e mulheres.

Já o professor Eduardo Antônio Bonzatto discutirá, em seu ensaio, a gênese dos sistemas modernos de educação por meio do surgimento de uma escrita religiosa e legislativa e do confronto dessa forma peculiar de educação com sistemas culturais emergentes marcados, preferencialmente, por associações colaborativas, típicas das aldeias, das vilas e das tribos que viviam na Europa no raiar da modernidade, quando o papel destinado e desempenhado pelas mulheres não era o de serem meras coadjuvantes.

Veremos também a literatura sendo abordada a partir de várias facetas, como nos demostrará o professor Álvaro Cardoso Gomes que tratará, em seu artigo, dos vários conceitos de símbolo, de modo especial daquele que ocorre no Simbolismo, momento literário ocorrido no final do século XIX. O pesquisador procurará diferenciá-lo do símbolo comum confundido, de modo geral, com um simples signo; ao final, termina por não só lhe apontar as origens místicas, mas também como meio de prolongar, ao máximo, as emoções.

Ainda a partir de um texto literário, temos de um lado Ester Sanches Ribeiro que nos apresenta as relações entre jornalismo e ciência a partir do contexto da Guerra de Canudos, ao analisar os discursos que circularam na imprensa, no final do século XIX, contextualizando as teorias cientificistas raciais e civilizacionais no Brasil de então. De outro, Marcos Rogério Costa utiliza-se da literatura e da semiótica discursiva para problematizar o corpo polifônico do herói em Dostoiévski.

Por fim, a professora Patrícia Farias Coelho leva-nos a compreender as estratégias de sedução e de criação de quatro anúncios tailandeses, ao verificar o perfil do usuário das redes sociais e depreender como esse se relaciona com a publicidade por meio da internet.

Espero que todos tenham uma boa leitura!

 

Saudações acadêmicas!

 

Prof. Dr. Antônio Jackson de Souza Brandão

 

Editor