Apresentação
Olá, amigos!
Sempre com grata satisfação anuncio mais um número de nossa Lumen et Virtus e, como sempre, procuramos oferecer o melhor daquilo que se produz em Ciências Humanas.
Mais uma vez, uma plêiade de pesquisadores brinda-nos com textos de altíssimo nível, como o do professor português Luís Alberto Casimiro, cuja Tese de Doutoramento (2005) foi, recentemente, premiada pelo Pontificio Consiglio della Cultura do Vaticano. Seu artigo abordará um dos temas mais caros da história da arte durante séculos: a vanitas. Para isso, demonstra-nos como de uma variante do gênero natureza-morta, constituiu-se em um gênero autônomo, cuja iconografia inquietante e misteriosa serve ainda de inspiração para os artistas da contemporaneidade.
Já o professor Marcos Fabris, ao examinar o uso produtivo do filme Arte é... a revolução permanente – indignação na grande arte (2012), de Manfred Kirchheimer, mostra-nos as relações entre artes visuais, cinema e os novos desafios impostos às diversas produções artísticas contemporâneas.
Por outro lado, a professora Elizabeth Harkot-de-La-Taille juntamente com a pesquisadora Taís de Oliveira adentram no campo da interrelação cinema-literatura, ao analisarem as personagens centrais do romance O morro dos ventos uivantes (Wuthering Heights), de Emily Brontë (1847), cotejando-as com suas homôninas na adaptação fílmica produzida pela MTV (Suri Krishnamma, 2003).
A professora Alzira Lobo de Arruda Campos e o escritor português José Augusto de Pinho Neno abordarão como as chamadas línguas nativas digitais, ao impor certa uniformidade cultural, podem tornar-se, ou não, nocivas à identidade cultural de um país, assentada - de forma inconteste - nas línguas nacionais, já que muitos as veem como substitutas das línguas pátrias.
Ainda inseridos na questão da cultura, os professores Luiz Antônio Dias e Rafael Lopes de Sousa apresentam-nos alguns resultados da investigação, ainda em andamento, efetuada pelo Grupo de Pesquisa Culturas juvenis, consumo e mobilidade urbana na contemporaneidade, iniciada em 2013, na Universidade de Santo Amaro (UNISA). Buscam, dessa forma, localizar, no espaço e no tempo, a origem do sentimento de juventude na sociedade, de modo especial no século XX, quando as reuniões juvenis deixam de ser fatos isolados e adquirem conotações de manifestações verdadeiramente sociais.
No campo midiático, a professora Patrícia Margarida Faria Coelho em conjunto com o pesquisador Marcos Rogério Martins Costa, analisarão a manifestação discursiva nas redes sociais, de modo especial no Facebook, cotejando três de suas telas: a de apresentação (acesso ao usuário), a principal (homepage do usuário) e a partilhada (página dos recados dos amigos do usuário). Em sua análise, perscrutaram as estratégias discursivas do destinador desse texto, a fim de compreenderem de que maneira tais mudanças auxiliaram na difusão dessa rede social em detrimento de outros canais semelhantes, como o Orkut.
Diante das novas facilidades proporcionadas pelo mundo virtual, o Prof. Heinrich Fonteles discute a questão da educação a distância, o EAD, apresentando a importância de se repensar a perspectiva educativa nessas plataformas, a partir o ponto de vista da educomunicação. Para isso, questiona qual teoria da comunicação e da aprendizagem favorece um aprendizado mais efetivo e colaborativo entre os agentes do processo educativo.
No campo literário, os professores Marcos Gomes e Maria Helena Scalabrin buscam interpretar a letra da canção N’Jeri, de autoria de David Calderoni, destacando não só a multiplicidade das atividades intelectuais desse autor, como também examinar algumas peculiaridades do CD Viação.
Aproveito para agradecer a todos aqueles que continuam confiando em nosso trabalho, enviando-nos artigos e sugestões!
Saudações acadêmicas!
Prof. Dr. Antônio Jackson de Souza Brandão
Editor