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A SOMBRA QUE LOGO SOU – A SEGUIR: O FANTÁSTICO EM “O FEITICEIRO E A SOMBRA”, DE URSULA K. LE GUIN, E “CONTOS DE TERRAMAR”, DE GORO MIYAZAKI

 

Geisy Nunes Adriano

 

Este artigo tem por objetivo analisar a criação do fantástico a partir do tema da perda da sombra no filme “Contos de Terramar”, de Goro Miyazaki e no romance “O feiticeiro e a sombra”, de Ursula K. Le Guin, primeiro título do Ciclo Terramar. Tais livros são comparados a obras como “Narnia” de C.S. Lewis e “O Senhor dos Anéis” de J.R.R. Tolkien. Para fins de análise, serão debatidos aspectos da literatura fantástica e fantasia (fantasy literature), com base em Rabkin (1976), Manlove (1975), dentre outros, a fim de melhor compreender os principais processos utilizados pelos autores no corpus escolhido. Ademais, são apontadas algumas questões sobre a teoria do duplo e do conceito jungiano de sombra, em especial, pautados na leitura do ensaio “The Child and The Shadow” (LE GUIN, 1975). Estuda-se, dessa forma, como o encontro do eu com o alter se desvela graças às infinitas possibilidades abertas pelo discurso fantástico na literatura.