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EMOÇÃO E RAZÃO NA FRUIÇÃO DAS ARTES VISUAIS E VERBOVISUAIS DE TRADIÇÃO E CONTEMPORÂNEAS
André Luiz Ming Garcia
Partindo do pressuposto de que a fruição da obra de arte comumente se inicia pela emoção, ou seja, pelas qualidades de sentimento que o contato com a obra suscita no leitor/fruidor, procura-se verificar, neste artigo, a evolução desse tipo de fruição, com início na emoção e desenvolvendo-se pelo âmbito da cognição e da interpretação, quando do contato com a obra de arte contemporânea, que costumeiramente exige daquele que a recebe um certo grau de erudição a respeito do gênero de arte a que está sendo exposto, com vistas a que atinja uma compreensão mais holística da obra de arte. Pautamos nossas reflexões na semiótica e na estética de Charles Sanders Peirce em contraste com outros autores, num ecletismo teórico desejável em trabalhos de matiz peirceano. Serão utilizados exemplos de gêneros artísticos como a pintura, a instalação, a assemblagem e o livro ilustrado, e serão contemplados conceitos como a leitura de imersão e a leitura empática, bem como o poder de transmitir emoções das cores.