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O PODER DA IMAGEM NA CONSTRUÇÃO DE VERDADES “ABSOLUTAS” EM DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
Jack Brandão
Mariana da Cruz Mascarenhas
A avalanche imagética, a que estamos submetidos diariamente, torna-nos submissos ao poder da imagem; mas, muitas vezes, sem ter a plena consciência de tal submissão. A mídia aproveita-se desse fenômeno para lançar a todo momento uma infinidade de informações, fotos e vídeos, os quais são impossíveis de serem absorvidos, criticamente, por seu público. A resistência a tal submissão facilita a perda de autonomia e potencialidade crítica dos sujeitos receptores de informação. A obra de Reginald Rose, 12 Homens e Uma Sentença, provoca tais reflexões ao narrar a história de um julgamento em que onze jurados votam pela condenação de um réu, acusado de matar o pai a facadas, contra apenas um jurado que vota pela sua inocência, não por acreditar nela, mas por colocar em dúvida as provas apresentadas. À medida que faz suas colocações, outros jurados também passam a se questionar sobre a inocência do réu. Uma reflexão de como os indivíduos devem resistir a verdades já construídas, desenvolvendo potencial crítico e analítico.