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CINEMA E IMAGINÁRIO
EM CHARLES CHAPLIN
Nesse artigo abordo a relação entre o Cinema e o
Imaginário com o enfoque no discurso cinematográfico, a partir de
dois filmes de Charles Chaplin – Tempos Modernos (1936) e
O Grande Ditador (1941). Os filmes do “vagabundo” projetam,
assim como os nossos imaginários, sociedades mais humanas e felizes.
No contexto de globalização em que vivemos, com todo o
desenvolvimento tecnológico e das comunicações, nunca o ser humano
esteve tão abandonado, solitário e inseguro, num mundo que lhe nega
uma vida com dignidade e que continua neutralizando os seus anseios
por liberdade. Nestes filmes de Chaplin, a linguagem
cinematográfica transforma-se em pensamento profético, denunciando
as mazelas dos sistemas que teimam em manter o ser humano submisso,
curvado às injustiças sociais, ao mesmo tempo em que proclama novos
tempos, de justiça, de paz e de liberdade. Os filmes escolhidos não
perderam a sua contemporaneidade e nos oferecem ainda a
possibilidade de projetar nossos imaginários – instrumentais em
potencial – na busca da hominização, do ser humano e da sociedade
que almejamos.
Marlson Assis de Araújo