Apresentação
Olá amigos!
Estamos aqui, mais uma
vez, e com alegria redobrada, para apresentar nosso
sexto número! Queremos agradecer a todos os que nos
enviaram suas contribuições e àqueles anônimos que,
continuamente, prestigiam nossas publicações. Isso
nos faz buscar, continuamente, superar e oferecer
aquilo que há de melhor em cultura e imagem,
conforme veremos nos artigos que compõem este
número.
A professora Souzana Mizan, por exemplo, nos mostra como a cultura ocidental usa a racionalidade como desculpa para disfarçar sua vontade de melhorar sociedades consideradas inferiores a sua. Para isso, a autora examina a representação visual que a revista National Geographic faz do espaço subalterno da maior favela de Mumbai e as identidades construídas no mesmo.
Já a abordagem feita pelo
professor Adelmo França apresentará as definições de
crescimento e desenvolvimento econômico, além de
algumas discussões propostas por seus principais
modelos, ao se questionar o fato de eles terem suas
origens nas economias desenvolvidas, distantes,
portanto, das realidades sociais, políticas e
econômicas dos países e das regiões pobres ou em
fase de desenvolvimento. Para isso, o professor
traça sua abordagem a partir da realidade econômica
brasileira dos anos 1950 até o momento,
explicitando-se as dificuldades e os avanços da
economia realizados no período.
Ainda, inseridos dentro da problemática de território e de cultura, o professor Rodrigo Machado nos mostra que tal situação perpassa várias produções culturais da contemporaneidade, ao se criarem obras que escapam às definições tradicionais. Assim, o professor propõe tecer considerações sobre a interface texto e imagem na construção de mitos modernos. A obra escolhida para esta análise é The memory of Pablo Escobar (2007), de James Mollison e Rainbow Nelson.
Em seu ensaio “O filme de conspiração e a ascensão da nova direita nos Estados Unidos”, o professor Marcos Soares discutirá o ciclo de “filmes de conspiração” que surgiu nos Estados Unidos, a partir do lançamento de Rosemary’s Baby (1968) de Roman Polanski, como alegoria da ascensão da Nova Direita no país no início
da década de 1970.
Permeando a literatura
com questões oriundas da filosofia, a professora
Cláudia Falluh discorrerá sobre
a aliança entre os processos mnemônicos e de
anamnese e a experiência do tempo no romance do
escritor mexicano Ruan Rulfo, para isso empregará as
noções filosóficas de anamnese de Platão e a questão
do temporal, a partir de Paul Ricoeur.
Gustavo Cohen
traz à tona a contribuição da escritora
estadunidense Shirley Jackson tanto para a
literatura daquele país quanto para a mundial. Para
isso, o pesquisador tem como objetivo ajudar na
desmitificação da noção de superficialidade que
paira sobre as obras de Jackson. Para atingir a esta
meta, seleciona aspectos relevantes da vida da
escritora, a ideia de interpretação por meio do
reconhecimento intertextual, bem como uma breve
análise do conto The Intoxicated, oriundo da
coleção de 1949.
A partir do
caso James Dean, professora Andreia Escudeiro
tratará da relação do homem com a morte, ao abordar
os sentimentos que nos cercam diante desse
acontecimento, como angústia, dor, medo ou mesmo
esperança. Seu principal objetivo, porém, é analisar
de que forma a mídia se apropria desse fato para
impulsionar a mitificação de uma personalidade que,
de alguma maneira, atenderá as necessidades de
divulgação de novas formas de consumo, seja de
produtos, hábitos ou atitudes.